É possível observar diversos avanços na pesquisa clínica contra a Covid- 19, porém o que preocupa muitas pessoas é como os laboratórios estão lidando com as mutações do vírus.
Conforme o vírus vai se multiplicando, ocorre uma diversidade de mudanças que dá origem a vírus com mutações. Vale lembrar que isso é bem comum e não representa uma exclusividade do coronavírus.
As características predominantes no vírus não mudam, mas agora ele tem variações alternativas, nas quais, para essa variante ser considerada uma nova linhagem, existem regras. Dentre elas podemos citar:
– A amostra viral tem que ter ao menos 95% do seu genoma sequenciado
– Ela precisa ter ao menos uma mutação quando comparada à linhagem-mãe
– Ser idêntica a ao menos outras quatro amostras virais irmãs.
Se a mutação cumprir esses requisitos, a nova linhagem recebe um nome composto de uma letra e até três números — uma das linhagens detectadas no Brasil é, por exemplo, a B.1.1.33, P.1.
Mas qual o impacto dessas variantes na pandemia?
Responder essa pergunta ainda é um desafio, pois os estudos baseados em sequenciamento genômico, ainda que forneçam dados rapidamente, não permitem prever o comportamento dos vírus.
Além disso, não basta olhar apenas seus genes. É preciso testar em laboratório se as novas linhagens se ligam melhor às células humanas, se conseguem se reproduzir com maior sucesso, etc. O que se sabe até agora é que algumas das variantes têm maior apego pelo receptor celular humano e podem levar a uma menor eficácia da vacina dependendo do tipo de imunizante.