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Quais as diferenças entre a dislipidemia primária e secundária?

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É fato que níveis elevados de colesterol podem causar sérios danos ao organismo. Apesar disso, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, 67% das pessoas entrevistadas não sabiam informar a sua taxa de lipídios no sangue. E isso é preocupante, já que segundo o Ministério da Saúde, 4 em cada 10 brasileiros têm colesterol alto.

Como parte da síndrome metabólica, a dislipidemia é um importante fator de risco para doenças cardiovasculares. Os seus distúrbios mais comuns incluem colesterol alto, triglicerídeos altos e uma combinação de ambas as formas. Dependendo da causa subjacente, a dislipidemia é diferenciada em primária e secundária. Por isso, iremos explicar as suas principais diferenças!

A dislipidemia primária ou hereditária possui causa genética e também pode ser agravada com a associação de fatores de risco ambientais e comportamentais, como o sedentarismo e a alimentação inadequada. De acordo com estudos, nas pessoas pré-dispostas geneticamente ocorrem mutações genéticas que fazem com que o organismo produza um excesso de colesterol LDL ou de triglicerídeos ou não consiga remover essas substâncias.

Já a dislipidemia secundária surge como resultado de outras doenças subjacentes, pelo uso de certos medicamentos, como corticoides e diuréticos, e também podem ser favorecidas pelo estilo de vida (má alimentação, alcoolismo, sedentarismo, etc.).

As doenças que contribuem para esse distúrbio podem ser de natureza endocrinológica, como o diabetes mellitus e o hipertireoidismo; nefrológicas, como a doença renal crônica; hepáticas, como a hepatite B; além de doenças inflamatórias, como lúpus eritematoso sistêmico ou a artrite reumatoide. Outros exemplos são doenças como a Síndrome de Cushing, obesidade e desnutrição.

Dependendo se há dislipidemia primária ou secundária, existem diferenças nas opções e necessidades de tratamento. Os tratamentos envolvem uma abordagem disciplinar e multifatorial, no qual é de extrema importância as mudanças no estilo de vida, como uma alimentação saudável e a prática de exercícios físicos, sendo que em alguns casos, também são necessários o uso de medicamentos. No caso da dislipidemia secundária, entretanto, é absolutamente necessário que não apenas ela seja tratada, mas também a sua causa.