Notícias

Insuficiência renal e diabetes: como se relacionam?

Compartilhe:

Diabetes é a segunda maior causa de insuficiência renal crônica no Brasil. Entenda a relação entre as duas doenças. 

A diabetes mellitus é a maior causa de doença renal crônica. Isso acontece porque a longo prazo, o acúmulo de açúcar no sangue pode comprometer o funcionamento de alguns órgãos, como os nossos rins. 

De acordo com a Sociedade Brasileira de Nefrologia, 30% dos portadores do Diabetes tipo 1 e entre 10 a 40% dos diabéticos do tipo 2 podem apresentar problemas renais. No mundo, a diabetes já é a principal causa de doença renal crônica.

O que é diabetes?

A doença diabetes é causada por níveis elevados de açúcar no sangue, que acontece pela falta de insulina no organismo, responsável pelo transporte de glicose às células do corpo. A longo prazo, pode levar a lesões nos vasos sanguíneos e comprometer o funcionamento dos demais órgãos. 

A obesidade pode levar a quadros graves de diabetes, sendo então considerada um fator de risco para a doença renal crônica. Os hipertensos e pessoas com histórico familiar de problemas renais devem estar sempre atentos aos rins. 

Qual a relação entre a doença renal crônica e o diabetes?

As duas doenças se relacionam quando a diabetes, em estágios avançados, compromete os vasos sanguíneos renais, originando e até mesmo evoluindo uma doença crônica renal. 

Quando não tratada, a diabetes leva a alterações que danificam as estruturas que mantêm o funcionamento renal. Se essa condição perdurar, podem ocorrer lesões definitivas na filtração renal. Nesses casos, faz-se necessário tratamento que substitui os rins, como a hemodiálise e/ou a diálise peritoneal. 

Como diagnosticar

A doença renal diabética é diagnosticada clinicamente, quando há presença de perda de proteína pela urina, diminuição do funcionamento renal ou ambos. Também pode ser realizado um exame de biópsia renal para confirmação do quadro. 

O acompanhamento com um nefrologista é fundamental para prevenir a manifestação de doenças renais, e nos casos já existentes é de extrema importância. É com o nefrologista que ocorre a detecção precoce dos mínimos sinais de comprometimento dos rins, possibilitando que outros órgãos não sejam afetados e para evitar a necessidade de hemodiálises ou transplante renal. 

O termo nefropatia diabética tem sido definido como a presença de perda de proteína, associado a uma alteração específica na visão, em pacientes do tipo 1. esta perda de proteína é considerada um sinal precoce do acometimento, com alterações bastante peculiares dentro dos rins. A nefropatia diabética é uma das principais causas da doença renal diabética em um paciente tipo 1 ou com mais de 5 anos de presença da perda de proteína pela urina. 

Essa condição pode se manifestar alguns anos após o paciente ser diagnosticado com diabetes. O comprometimento da função renal não apresenta sintomas e não há cura; os seus danos são irreversíveis, podendo chegar a insuficiência renal crônica.

Aproveite para acompanhar nossas redes sociais e ficar por dentro de tudo que acontece na pesquisa clínica.